segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Desmistificando o BIM com foco em Infraestrutura.

O BIM com foco em Infraestrutura, é uma discussão antiga, mas que voltou com força agora. Estamos vendo um movimento grande e rápido, do setor de Infraestrutura, em busca do BIM, podemos ver isto com mais clareza nas ações da CPTM, SABESP e DNIT, não só de órgão governamentais como os citados, mas também de empresas privadas como a CCR e Arteris, que licitaram recentemente grandes projetos exigindo a entrega em BIM.
Lógico que com estes movimentos acontecendo, surgem as dúvidas e também a pergunta “O que é BIM com foco em Infraestrutura? ”. Muitos chegam até a duvidar que a metodologia BIM, sequer possa ser aplicada aos projetos/construções em Infraestrutura. Todos sabemos que o BIM é uma metodologia de projeto, que envolve processos e tecnologias diferentes, das baseadas em tecnologia CAD, antes do BIM os processos de projetos eram diferentes, processos tais como:



  • Como contratar?
  • Como executar/fazer?
  • Como normatizar?
  • Como verificar/validar?
  • Como compatibilizar?
  • Como distribuir a informação entre as fases de projeto?
  • Como pagar?
  • etc.

 Tudo isto eram de uma maneira quando os processos se baseavam em CAD. Isto mudou (ou deveria mudar) com o BIM, e todos estes processos começaram a ser adaptados ao BIM. Primeiro experimentamos isto para projetos arquitetônicos, e assim hoje todas (quase todas) as referências sobre BIM, estão ambientadas em projetos arquitetônicos, além disto, existe um mal entendido até no acrônimo (Building Information Modeling), Building pode ser entendido e traduzido para Edificação ou Construção, felizmente as pessoas que integram a norma brasileira, traduziram da forma correta (na minha opinião) para Modelagem da Informação da Construção.

Salada de Acrônimos

Na vontade e urgência para falar de BIM para Infraestrutura, juntando a falta de literatura com o entendimento do B(Building) para Edificação, surgiram uma variedade gigante de acrônimos para variantes do BIM, tais como BrIM (Bridge Information Modeling), SIM (Sanitary Information Modeling), CIM (Civil Information Modeling), CiIM (City Information Modeling), TIM (Tunelling Information Modeling), e outros tantos acrônimos que tentam fazer paralelos ao BIM (Edificação) com as diversas áreas da Infraestrutura. Na minha opinião não acredito nesta separação drástica, obviamente que as disciplinas e áreas de Infraestrutura são diferentes de Edificações, e até este o motivo para eu escrever este artigo. Mas o BIM é único quando entendemos que o BIM é um processo de CONSTRUÇÃO VIRTUAL, e não somente uma maneira diferente de projetar EDIFICIOS (e ele é sim também uma maneira diferente de projetar). Então assim podemos compartilhar dos diversos pontos em comum entre Edificações e Infraestrutura e usar o BIM já pensado para Edificações, para responder alguns pontos em comum, mas sim precisamos mudar alguns, e entender melhor outros, não devemos sair copiando tudo de cara do BIM com foco em Edificações.

Modelagem BIM para Infraestrutura uma nova abordagem

A primeira coisa que temos que entender na criação das respostas para o BIM com foco em Infraestrutura, é que temos que separar as três letras do acrônimo B (Building, Construção), I (Information, Informação) e M(Modeling, Modelagem), o I (Informação) é o mais importante sempre, mas ele sozinho não faz verão, esta informação está onde? Como insiro? Como iriei usar? Que nível de informação eu quero? Esta resposta está no M (Modelagem) para que ambos criem o B (Building, Construção). Vou explicar melhor.

Antes de chegarmos e começarmos a copiar tudo que foi feito do BIM com foco em Edificações, devemos olhar um pouco para o M(Modelagem) e aqui reside muito da tecnologia envolvida no BIM, mas antes de avançar, vou fazer um parêntesis conceitual. Muitos acreditam que podem fazer BIM, sem se preocupar com a tecnologia envolvida, tratando isto como secundário, ou até como consequência do processo e não o contrário, eu acho isto totalmente errado e a resposta está exatamente na letra M (Modelagem), o processo de modelagem passa por um tipo de tecnologia, e a tecnologia é impreterível para ter a modelagem, eu preciso de um software que o faça, com isto, se quero modelar uma parede, eu tenho que entender como é modelado, para que, eu consiga adicionar o I(Informação) da maneira correta e assim conseguir ter o C (Construção) que pare de pé.

Criar processos genéricos ou até baseados em objetos genéricos de transferência de informação (tal como IFC) irão levar o processo de modelagem para níveis de complexidades extremos, pois o BIM não é um processo genérico, ele tem premissas universais, mas aplicação especifica. O setor AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) não busca processos genéricos, pois ele entende que cada projeto/obra tem suas características próprias, se formos genéricos com os processos BIM, vamos estar colocando mais dificuldades do que resolvendo problemas, e estamos aqui para resolver problemas e não causar mais, então, vamos sair da caixa e entender que SIM o processo de modelagem é importante.





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